domingo, 7 de abril de 2013

Colecção Haruki Murakami (Parte 2)

Haruki Murakami é sem sombra de dúvida um dos escritores de culto da actualidade. As personagens invulgares, os enredos fantásticos, a complexidade dos diálogos são atributos que nunca faltam nas suas obras. São as marcas distintivas de um autor já consagrado.
O meu primeiro contacto com a escrita de Haruki Murakami não foi dos mais memoráveis. "Sputnik, Meu Amor" foi a primeira obra que "li". Lembro-me de pensar que aquele estilo de escrita não era para mim. Não conseguia embrenhar-me na história. Não havia qualquer tipo de relação entre mim e aquele livro. Por isso desisti de o ler e procurei uma leitura mais segura.
Voltei a reencontrar Murakami numa ida a uma livraria um ano depois. "A Sul da Fronteira, A Oeste do Sol" estava bem posicionado na prateleira. Como não tinha nenhum livro em mente, resolvi dar uma segunda oportunidade à escrita e de certa maneira ao escritor.
O primeiro encontro foi um desastre. O segundo foi amor à primeira vista. Submergi de tal forma no mundo que Haruki Murakami criou que foi difícil voltar à realidade. Percebi que não estava preparada da primeira vez para compreender a escrita deste autor. Haruki Murakami é complexo e denso no seu processo criativo, ainda que muitas vezes escolha o modo mais fácil para transmitir a ideia. As obras exigem leitores inteligentes, talvez até com uma certa flexibilidade mental para entrar no mundo Murakami e não tomar nada como garantido. 


2 comentários:

  1. Fizeste exatamente o mesmo percurso que eu, embora eu tivesse lido "Sputnik". Que também não me entusiasmou por aí além... :)

    A diferença é que depois desse e de "A Sul da Fronteira..." ainda só li a trilogia. Mais um aguarda na estante a sua vez, mas resolvi intercalar...

    Beijocas e continuação de boas leituras!

    ps - também gosto muito da "musicalidade" que enchem as suas páginas, cheias de referências a temas de jazz...

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  2. Por acaso pensei em adicionar um parágrafo onde referia as indicações musicais de Haruki Murakami. Os temas de jazz fazem parte do seu gosto musical uma vez que geriu um bar de jazz entre 1974 e 1981. As suas referências só podem ser boas já que contactou tão de perto com esta manifestação artístico-musical.

    Beijinhos e espero que as próximas leituras Murakamianas vão ao encontro das expectativas! :)

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