sexta-feira, 26 de abril de 2013

Dicotomias

Gosto de escrever sobre dicotomias ainda que elas não sejam totalmente explícitas. Ultimamente o meu interesse recai sobre um homem e uma mulher que vivem vidas completamente diferentes. Ele está habituado a ter tudo. Ela já nasceu sem nada. Ele é o típico homem pelo qual todas as mulheres se sentem atraídas. Ela não tem qualquer tipo de charme.
Considero que seja um cliché, aliás, a minha intenção ao utilizar dicotomias nunca foi criar algo original. Na minha opinião é o enredo que determina se é um bom ou um mau cliché. O mesmo se aplica às personagens. As dicotomias ajudam o escritor a definir uma certa personalidade.
Acho quase uma missão impossível criar uma boa história onde as personagens são iguais. Vêem as mesmas coisas, sabem as mesmas coisas, pensam da mesma maneira... Tem de existir o lado desequilibrado da balança para que o leitor perceba que houve uma transformação. A dicotomia já não é tão evidente. Alguém contrabalançou o jogo e agora estão ambos numa boa posição para fazer xeque-mate.

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